segunda-feira, 27 de junho de 2016

Vinho no Toro

A Espanha é um país com maior área de vinícolas do mundo, o que significa que há grande variedade de regiões produtoras de vinho, principalmente na parte do norte do país. A região a ser tratada hoje é Toro, sub-região da Castilla y León, próxima a Ribera del Duero.


O clima é continental, com grande amplitude térmica e pouca pluviosidade. A região é ensolarada e montanhosa, quase sem influência marítima, o ideal para a uva Tempranillo.


Uvas de Toro

As uvas Tempranillo e Garnacha são as mais típicas de Toro, mas também há presença muito forte da Tinta de Toro, um clone da Tempranillo de pele mais grossa que produz vinhos com até 15% de volume alcoólico. Também, pelas características climáticas, as uvas são vindimadas em estado avançado de maturação, o que implica em um vinho mais doce e menos ácido.
Já os vinhos da região são quase sempre tintos, encorpados e bastante alcoólicos. Apesar de variações, normalmente podemos notar as fragrâncias de morango, framboesa e carvalho tostado. Alguns vinhos, como Reserva e Gran Reserva são muito tânicos, com excelente capacidade de envelhecimento.

História

A história do vinho espanhol é bem longa, começou há aproximadamente três mil anos e, com o tempo, foram introduzidas novas tecnologias, até que a Espanha se tornou um dos países mais tecnológicos em termos de produção de vinho. Uma dessas tecnologias é a introdução de métodos bordaleses (que incluem maior espera para a separação entre a cepa e o líquido), além do aço inoxidável e irrigação (que passou a ser legal apenas onze anos após ser introduzida na região).
Outra curiosidade é a história da criação dos domínios de origem, que aconteceu para proteger certos vinhos que foram copiados e rotulados como iguais devido à grande demanda do mercado inglês. O DO (domínio de origem) é uma certificação de qualidade e excelência de produção regional que aparece no rótulo para garantir a procedência do vinho.

Por Vivian Colello

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Sabia que o Líbano produz grandes vinhos?

Apesar de o Líbano não figurar entre os maiores produtores do Velho Mundo, ele certamente está na lista dos mais antigos. Quanto amantes de vinho, afinal, já tiveram o privilégio de abrir a garrafa libanesa?
A região da Mesopotâmia, onde hoje é o Iraque, é considerado por muitos historiadores como a origem mais provável da vitivinicultura. Lá foram encontrados os primeiros registros de produção de vinho, datados de mais de oito mil anos.
O costume de cultivar uva e produzir vinho se espalhou por todo o Oriente Médio e seguiu até que os fenícios o levaram para o outro lado do Mediterrâneo, a Europa, onde logo se disseminou com a ajuda dos gregos e romanos.
Apesar da tradição milenar, com o crescimento da religião muçulmana no Oriente Médio, a cultura da uva e do vinho foi perdendo força no Líbano e em outros países árabes, sendo até proibida em alguns casos.
No Líbano, ela não foi proibida, mas perdeu força, sendo retomada no final dos anos 1980 com a visita de grandes produtores de Bordeaux às principais regiões vinícolas do país, como Vale do Beqaa e Batroun.

O Líbano se encontra na costa do Mediterrâneo, recebendo a mesma influência do mar que algumas regiões do sul da França. Não à toa, as uvas que melhor se adaptaram ao país são de origem francesa. Além da Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc , outras variedades do Rhône, como Cinsault, Carignan, Grenache, Viognier e Muscat têm mostrado resultado surpreendente em seus vinhos.
Se quer conhecer o mundo do vinho por completo, não pode deixar de conhecer o Líbano!