quarta-feira, 27 de maio de 2015

Os aromas do vinho

Das familiares frutas vermelhas, flores e baunilha até o petróleo e chocolate. Entenda os aromas do vinho e conheça os principais!
Pense em degustar um vinho e usar apenas palavras como “gostoso” e “perfumado” para descrevê-lo. Seria praticamente impossível transmitir a sua avaliação daquele vinho para terceiros, afinal gosto é gosto e não se discute. Foi justamente em busca de comunicar as sensações que o vinho proporcionava que se desenvolveu um vocabulário muito particular aos que da bebida desfrutam. E é graças à volatilidade do vinho (ligada ao seu teor alcoólico) que evaporam moléculas com carga aromática semelhante a de outros aromas que carregamos em nossa memória.
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Agora entendeu por que é possível sentir morangos frescos, menta e pétalas de violeta ao se aproximar o nariz da taça? Conforme explica a Master of Wine Jancis Robinson no livro Como degustar vinhos, “o grande atrativo de beber vinho é que, mais do que qualquer outa bebida, ele é capaz de apresentar uma surpreendente gama de aromas – em particular ao se considerar que a matéria-prima é uma só”.
Saiba quais aromas procurar num vinho e use o seu repertório!

Aromas primários

São os aromas naturais a cada variedade de uva em determinada origem. Depois de a uva ser colhida e transformada em vinho, já é possível senti-los à taça – não implicam manipulação ou outros estágios.
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Floral: Rosa, violeta, cravo, jasmim, madressilva, flor de laranjeira, flores secas ou murchas.

Frutas cítricas: Lima, limão, laranja e tangerina.

Frutas brancas e de caroço: Maçã, pera, marmelo e uva; pêssego, damasco e nectarina.

Frutas tropicais: Abacaxi, maracujá, banana, manga e melão.

Frutas vermelhas: Groselha, cereja, morango e framboesa.

Frutas negras: Ameixa, amora, groselha negra e cereja negra.

Vegetal: Pimentão verde e aspargo.

Herbáceo: Ervas, chá e menta.

Especiarias: Pimenta, tomilho, louro, cravo e noz-moscada.

Terroso: Terra, barro e cogumelos.

Mineral: Pedra, giz e petróleo.

Aromas secundários

São aromas desenvolvidos no vinho a partir de procedimentos posteriores à colheita, como fermentação malo lática, estágio em barril de carvalho.
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Fermentação malolática: Leite, manteiga e iogurte.

Segunda fermentação: Fermento, pão, levedura, brioche e bolacha.

Barrica de carvalho: Chocolate, grafite, tostado, tabaco, amêndoa, caramelo, café e mel.

Aromas terciários

São aromas desenvolvidos no vinho, de maneira geral, a partir de sete anos que a bebida está arrolhada na garrafa. Também chamados de buquê aromático, representa o estágio de maior complexidade para o aroma de um vinho.
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Floral: Flores secas e flor de macieira.

Frutas: Frutas secas e em compota.

Frutos secos: Avelã, noz e amêndoa.

Balsâmico: Café e madeira (carvalho, pinheiro, eucalipto).

Animal: Pele de animal, couro, carne e caça.

Vegetal: Floresta, cogumelo e trufa.

Especiarias: Pimenta, alcaçuz, baunilha, alcatrão e cravinho.

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